quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Best Seller?

Passeios semanais a livrarias são programas obrigatórios para mim, pois não há coisa que eu mais ame (opa, há sim, mas não temos ainda a seção "Sexo" aqui n'Os Bloguistas) que os livros. E cada vez mais as pessoas descobrem nas livrarias espaços de diversão, contrariando a aversão incutida em nossas cabecinhas quando no Ensino Fundamental (na minha época, Primeiro Grau) enfiavam-nos Coleção Vagalume goela abaixo e, no Segundo Grau (ou atual Ensino Médio), nos castigavam com Aluísio Azevedo, Machado de Assis e congêneres (que apenas descobrimos gênios mais tarde, quando descobrimos, não é?). Vejo hoje gente de todas as idades e com diferentes níveis culturais se embrenhando nas veredas às vezes tranqüilas, às vezes turbulentas da literatura. Com muito gosto vejo essa [r]evolução nos brasileiros, que ainda lemos tão pouco (em média 1,8 livros por ano, menos da metade dos EUA e da Europa. Num ranking de 30 países, ficamos em 27º em leitura, enquanto a Argentina, aqui do ladinho, ficou em 18º*).
E me espanto com a quantidade de best sellers que se produz atualmente. São pilhas de mais vendidos aqui e ali, com pôsteres, cartazes e chamarizes de todos os tipos para aqueles que todos lêem. Uns caçam pipas, outros fazem mágica, outros ainda procuram pelo Santo Graal ou andam quilômetros por um deserto espanhol, em meio a bruxos e outros males. Uns bem escritos, outros nem tanto. E a caixa registradora tilinta, enchendo as burras das editoras, com a premissa de tornar os leitores mais inteligentes. Será?
Independente da leitura, antes duas horas de Dan Brown por dia do que cinco de novela das 8. Antes 1 horinha de monges executivos subindo o monte Everest do que mais de 4 horas de Faustão aos domingos. Torço que os bons ventos da literatura sejam cada vez mais possantes, que as editoras antigas possam renovar seus catálogos, melhorar e reduzir o preço dos livros (o que ainda é um revés na hora da decisão de compra para a maioria das pessoas) e as editoras pequenas possam ousar mais e trazer para nós a verdadeira literatura. Pode ter best seller, mas que sejam good best sellers.

E por falar em best seller, há um livro com esse nome, que parece bem engraçado. História de um pai que resolve se matar e deixar 5 milhões de libras pro filho que não é muito afeito ao trabalho, mas com uma condição: que ele escreva um livro sobre o pai milionário e transforme o livro num best seller. Fica a dica: Best Seller, de Will Rhode.

Abr@ço

Peterso Rissatti


*Fonte: Folha de São Paulo
Foto superior: Revista eletrônica Sagarana.

Um comentário:

Mila Cardozo disse...

Petê!!!
Temos algo em comum!!! Amo livros!!! Amo ler!!1 Tenho até medo quando chega a Bienal (tudo bem... a crise de abstinencia só vai durar mais 6 meses.. hahaha)... se bem que la acabo não comprando livros... ou quase não compro nas minhas 2 ou 3 visitas... isso mesmo, até pq a primeira é pra pegar marcadores pra minha coleção (bizarro??? tem uma comunidade só de trocas... hauahua... pela que meu tempo esteja escasso pra poder estar ativa)... depois quero ver tudo, do ponto de vista da comunicação... Saio sempre como se tivesse vindo de uma festa... olho tanto que até enjoa... só não compro mesmo pq a Internet acaba tendo preços melhores... ai vou la mesmo pra me deliciar e sonhar com um dia ter uma biblioteca daquelas de filme ingles... ai ai... eita... isso é um comment e não um post... hauahua... sorry...
Beijos Mila